HERBERT SPENCER (1820-1903) filósofo inglês autodidata, de sessenta e dois anos, que tinha inventado uma vara de pescar desmontável, chegou aos Estados Unidos, onde foi saudado como herói nacional.
Foi recebido no navio, em Nova York, por Andrew Carnegie, o patriarca multimilionário da indústria do aço americana. Carnegie louvou o filósofo como um messias. Aos olhos de muitos lideres americanos, nos negócios, na ciência, na política e na religião, o homem era de fato um salvador, foi convidado para jantares regados a vinho e recebeu honras e elogios em profusão.
Seu nome era Herbert Spencer, o intelectual que Darwin denominava o “nosso filósofo”, e seu impacto sobre a cena americana foi monumental.
De mente prolífica, escreveu muitos livros, vários dos quais ditava a uma secretária nos intervalos de sets de tênis ou enquanto passeava num barco a remo.
Suas obras eram publicadas em série em revistas populares, seus livros vendiam centenas de milhares de exemplares, e seu sistema de filosofia era ensinado em universidades por professores de quase todas as disciplinas.
Suas idéias, lidas por pessoas de todos os níveis da sociedade, influenciaram uma geração inteira de americanos. Se já existisse televisão, Spencer sem dúvida teria aparecido em programas de entrevista e sido ainda mais louvado. É considerado o pai da Filosofia Sintética.