EMÍLIO MIRA Y LÓPEZ. Nasceu em 24 de outubro de 1896, em Santiago de Cuba e faleceu no Rio de Janeiro a 16 de fevereiro de 1964. Médico pela Faculdade de Medicina de Barcelona, graduado em 1917, Doutor em Medicina pela Universidade Central de Madrid em 1923, Mira iniciou sua carreira como psicólogo em 1919, no Instituto de Orientação Profissional da Cataluña (ou Catalunha).
Além de importante papel na promoção da psicologia e da psiquiatria – mais especificamente na neuropsiquiatria – na Espanha, viveu intensa experiência como docente, participou de numerosos eventos científicos, espanhóis e internacionais, escreveu três livros e cerca de 80 artigos. Foi membro do Partido Socialista da Cataluña e apaixonado militante da Segunda República Espanhola. No período de 1937 à 1939 exerceu o cargo de chefe dos Serviços Psiquiátricos do Exército Republicano.
Mira y López chegou ao Brasil em 1945 e fez diversas conferências em São Paulo e Rio de Janeiro, tendo participado do curso “Seleção e Orientação e Readaptação Profissional” promovido pelo DASP. Em 1947, foi contratado definitivamente pela Fundação Getúlio Vargas para organizar e dirigir o Instituto de Seleção e Orientação Profissional – ISOP.
A mais importante e mais criativa de suas obras foi o Psicodiagnóstico Miocinético (PMK) e, apesar de ter suas raízes na Espanha, foi no Rio de Janeiro que concluiu sua padronização.
Dentre as obras mais representativas de Mira são citadas a primeira edição do Manual de Psicoterapia, a Psicologia Evolutiva del Niño y del Adolescente, Psychiatry in War, o Manual de Orientacion Profesional, El Niño que no aprende e Cuatro Gigantes del Alma.
Abrangendo um campo de estudos muito amplo, a psicologia costuma ser dividida segundo o conteúdo dos problemas analisados.