DAVID HARTLEY (1705-1757), filho de um ministro religioso, preparava-se para uma carreira eclesiástica, mas voltou-se para a medicina por causa de dificuldades doutrinais. Levou uma vida calma e rotineira como médico e tornou-se filósofo autodidata.
Em 1749, publicou Observations on Man, His Frame, His Duty, and His expectations (Observações Sobre o Homem, Sua Constituição, Seu Dever e Suas Expectativas). essa foi sua obra mais importante, considerada por muitos a primeira exposição sistemática da associação.
Hartley é digno de nota não tanto pela originalidade de suas idéias sobre a associação quanto pela clareza e precisão com que organizou e apresentou o trabalho anterior de outros.
O conceito de associação de idéias, naturalmente, não começou com Hartley, mas ele serviu ao significativo propósito de reunir as tendências anteriores de pensamento, sendo com freqüência reconhecido como o fundador formal do associacionismo enquanto doutrina.
A lei fundamental de associação de Hartley é a contiguidade, com a qual ele tentou explicar os processos da memória, do raciocínio, da emoção, bem como da ação voluntária e involuntária. As idéias ou sensações que ocorrem juntas, de modo simultâneo ou sucessivo, se associam de tal maneira que a ocorrência de uma resulta na ocorrência da outra. Hartley também acreditava que a repetição era tão necessária quanto a contiguidade para a formação de associações.