FRANZ BRENTANO (1838-1917), aos dezesseis anos de idade, iniciou sua formação para o sacerdócio, estudando nas universidade de Berlim, de Munique e de Tübingen, na Alemanha. Graduou-se em filosofia em Tübingen no ano de 1864. ordenado no mesmo ano, dois anos mais tarde começou a ensinar filosofia na Universidade de Würzburg e a escrever e dar palestras sobre Aristóteles.
Em 1870, o Concílio Vaticano, reunido em Roma, aceitou a doutrina da infalibilidade papal, algo com que Brentano não podia concordar. Ele pediu demissão do cargo de professor, para o qual fora nomeado na qualidade de padre, e deixou a Igreja.
Brentano foi um dos mais importantes não-wundtianos devido à sua diversificada influência no campo da psicologia. (Veremos mais tarde ter sido ele o precursor intelectual da psicologia gestaltista e da psicologia humanista.) Partilhou com Wundt o objetivo de fazer da psicologia uma ciência. Contudo, enquanto a psicologia de Wundt era experimental, a sua era empírica.
Para Brentano, o principal método da psicologia era a observação, e não a experimentação, embora ele não rejeitasse o método experimental. Uma abordagem empírica é em geral mais ampla, já que obtém seus dados tanto da observação e da experiência individual como da experimentação.