Componente da uva age no cérebro e previne diabetes
17 de dezembro de 2009 | Autor: antonini
Isso tem fundamento. Diabetes é uma
doença de baixa incidência em italianos. A dúvida dos cientistas
quanto a ação central do resveratrol talvez se explique pela
presença de algum receptor periférico da droga, quem sabe à nível de
pâncreas.
Vários pesquisadores acreditam que um dos efeitos benéficos do vinho
tinto é a proteção contra o diabetes tipo 2. Mas o assunto ainda é
controverso, e alguns desconfiavam que esse efeito poderia ser
mediado pelo resveratrol, presente na casca de uvas vermelhas, capaz
diminuir o nível de glicose no sangue de roedores. O mecanismo de
ação, porém, era desconhecido, mas um estudo publicado na revista
Endocrinology esclareceu o mistério: o resveratrol age diretamente
no cérebro.
Estudiosos da Universidade do Texas injetaram o resveratrol no
cérebro de ratos e verificaram aumento da secreção de insulina e
redução dos níveis glicêmicos, mesmo nos animais que receberam dieta
hipercalórica. A substância interage com a sirtuína, proteína
encontrada no sistema nervoso central. A descoberta pode dar origem
a medicamentos que tenham a sirtuína como alvo. Pesquisadores
ressaltam, porém, que o mecanismo não parece explicar o efeito
protetor do vinho contra o diabetes tipo 2, já que o resveratrol não
atravessa facilmente a barreira hematoencefálica.