Voluntários digitam com o poder da mente
9 de dezembro de 2009 | Autor: antonini
Os resultados desse estudo prometem. Pode nascer
aqui mais uma área na bioinformática.
Ondas cerebrais conseguem digitar letras em número em computador da Mayo
Clinic, nos Estados Unidos.
O estudo foi feito com pacientes que já possuíam chips implantados na
superfície do cérebro, e servem de base para que pessoas com algum tipo
de deficiência possam controlar objetos com a mente.
Os dois voluntários para a pesquisa sofrem de epilepsia e já haviam
passado por uma cirurgia, que requer incisão no crânio, para implante
dos chips com o objetivo de localizar a origem de suas crises.
Liderados pelo Dr. Jessy Shih, da Mayo Clinic, e Dr. Dean Krusienski, da
Universidade do Norte da Flórida, os pesquisadores decidiram que estes
dois pacientes seriam um modelo muito melhor para testar a interface
homem-máquina. Isso porque o feedback dos eletrodos seria mais
específico do que os dados coletados por chips colocados fora do
cérebro.
O estudo consistia em sem sentar em frente a um computador que rodava um
software desenhado para interpretar sinais elétricos vindo dos
eletrodos. Os pacientes tiveram que olhar para a tela, que continua uma
matriz com diversos quadrados, sendo que um único caractere (número ou
letra) estava dentro de cada um deles.
Cada vez que um quadrado piscava, o paciente deveria fixar o olhar nele.
O computador gravou as respostas cerebrais e, em seguida, os voluntários
tiveram que focar em letras específicas para que, novamente, o software
gravasse as informações.
O computador então calibrou o sistema com as ondas cerebrais de cada
paciente e, quando o paciente olhou para uma letra ou número qualquer, o
computador foi capaz de interpretar o sinal e o caractere surgia em uma
nova tela. Segundo os pesquisadores, a precisão é de quase 100%.
As descobertas foram apresentadas no Encontro Anual da Sociedade
Americana de Epilepsia 2009. O objetivo final é auxiliar pessoas com
alguma deficiência a mover objetos – por exemplo, uma prótese de braço
ou perna. A tecnologia exigiria uma operação no crânio para implante;
além disso, o software teria que ser calibrado a cada indivíduo para
cada movimento necessário.
Transcrito do Plantão Info