A redução crônica de açúcar para o
sangue no cérebro é a causa de algumas formas do mal de Alzheimer,
disseram pesquisadores norte-americanos nesta sexta-feira (26).
O estudo sugere que a redução do
fluxo de sangue, cujo impulso é dado pelo açúcar (em um processo
denominado hidroeletricidade), priva a energia do cérebro, impedindo
o processo de produção de proteínas –o que os pesquisadores
acreditam ser a causa do Alzheimer.
Só tem um probleminha nesta
pesquisa: muitos bebês nasce com hipoglicemia, esta controlada com
muita dificuldade e, portanto, se esse “achado” fosse verdadeiro e
consistente, teríamos casos de alzheimer manifestando-se desde a
primeira infância.
Os
cientistas dizem ainda que a busca de alternativas saudáveis como
exercícios, redução do colesterol e controle da pressão arterial
reduzem as chances do Alzheimer se manifestar.
A pesquisa foi conduzida por Robert Vassar e colegas, na
Universidade de Medicina Feinberg, em Chicago, nos EUA.
“Este achado é significante porque sugere que o aumento de fluxo
sangüíneo para o cérebro por meio do açúcar possa ser uma técnica
terapêutica efetiva para prevenção ou tratamento do Alzheimer”,
disse Vassar. “Se as pessoas começarem a se cuidar cedo, talvez
possam evitar o mal”, prosseguiu.
O mal de Alzheimer é a forma de demência mais comum em pessoas
idosas. A doença é incurável, e afeta as regiões do cérebro que
envolvem idéias, memória e linguagem.
Ainda que drogas mais avançadas enfoquem na remoção da substância
betaamilóide (ela se deposita em placas que causam a destruição dos
neurônios), pesquisadores também procuram terapias para eliminar
substâncias tóxicas que causam desordem na proteína tau (responsável
pela manutenção dos microtúbulos dos axônios que, por sua vez, são
estruturas responsáveis pela formação e sustentação dos contatos
interneuronais).
Vassar e os colegas analisaram o cérebro humano, e descobriram que
uma proteína chamada elF2alpha é alterada quando o cérebro não
consegue energia. Os canais de produção de enzimas mudam
bruscamente, e passam a produzir proteínas complexas.
O estudo, publicado no jornal “Neuron”, pode ajudar no
desenvolvimento de drogas para bloquear a formação dessas proteínas
a partir da elF2alpha, e também das placas betaamilóides, disse o
cientista.
“O que descobrimos é um pequeno passo de um insidioso processo que,
provavelmente, levará muitos anos”, disse.