25% dos suplementos para atletas camuflam presença de anabolizantes


1 de dezembro de 2009 | Autor: antonini

Tem um erro grosseiríssimo na matéria: quando escrevem, no último parágrafo, que os anabolizantes causam diversos males se usados sem orientação médica, estão se dando um autêntico atestado de burrice, pois o efeito de uma droga é inerente ao seu mecanismo de ação e não depende da vontade de ninguém, muito menos do médico. Efeito indesejável independe da vontade do médico, assim como o efeito esperado de um fármaco. Quem escreveu esta matéria merece o diploma de “pai de todos os ignorantes” ou de “doutor burrice”. Quem tiver dúvidas a respeito, procure na biblioteca um bom livro de Farmacologia e leia.

Um em cada quatro suplementos vendidos para praticantes de atividade física possui em sua fórmula esteróides anabolizantes não declarados no rótulo. É o que aponta levantamento da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, realizado com base na análise de 111 amostras no Instituto Adolfo Lutz.

Os produtos, comercializados na capital e no interior do Estado, foram apreendidos pela polícia e pelos serviços de vigilância sanitária locais durante o ano de 2007. O levantamento também apontou que 85,6% dos suplementos não apresentavam qualquer informação de procedência. Das demais amostras, 5,4% eram nacionais e 9%, importadas.
A legislação brasileira que regulamenta os alimentos para atletas exclui produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e outras substâncias consideradas como dopping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), embora não haja menção direta aos suplementos nutricionais.

Dos produtos analisados, 41% eram apresentações em cápsulas, provavelmente por apresentar maior facilidade na manipulação e incorporação de outras substâncias farmacologicamente ativas, além dos nutrientes. Outros 33% das amostras eram comprimidos e 16% tinham apresentação do produto em pó.

“A presença de substâncias proibidas em suplementos alimentares coloca os praticantes de atividades físicas em situação de grande risco. É importante ter em mente que não existem fórmulas mágicas para se entrar em forma e todo produto que prometa resultados milagrosos devem ser olhados com desconfiança”, diz a pesquisadora de microbiologia de medicamentos do Adolfo Lutz, Adriana Bugno.

Os suplementos irregulares são interditados pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado São Paulo. Se há identificação do fabricante, as empresas são notificadas. Já as irregularidades encontradas em produtos importados ou sem identificação são relatadas ao importador e à Anvisa.

Os anabolizantes, quando tomados sem orientação médica, podem causar inúmeros efeitos negativos no organismo, como acne, impotência sexual, calvície, hipertensão arterial, esterilidade, insônia, dor de cabeça, aumento de colesterol ruim, problemas cardíacos, crescimento indevido de pêlos, engrossamento da voz e distúrbios testiculares e menstruais.


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