Arrume emprego com a ajuda de redes sociais
9 de março de 2009 | Autor: antonini
Para começar a segunda-feira, agora que as férias e
o carnaval já passaram, é hora daqueles que estão sem emprego
arregaçarem as mangas e começarem a procurar uma maneira de voltar ao
mercado de trabalho.
O velho ritual de pesquisar vagas em jornais e agências de emprego ainda
vale, mas a agilidade da rede e sua capacidade de conectar pessoas de
diferentes lugares faz da internet uma terra de oportunidade para quem
procura ou oferece trabalho.
É natural que o Orkut, rede social mais usada no
país, seja o grande agregador de vagas na web nacional. Nas comunidades
de vagas gerais, algumas com mais de 40 mil membros, as ofertas mais
comuns são de operador de telemarketing, representante comercial,
recepcionista ou motoboy.
Já comunidades específicas de categorias profissionais costumam ter
ofertas melhores, além de contarem com tópicos que protegem o
profissional de enrascadas. Entre as diversas vagas anunciadas, na
comunidade “Trabalho para jornalistas”, por exemplo, há um tópico,
criado em 2005 e atualizado constantemente, a respeito de empresas que
dão calote em funcionários ou candidatos à alguma vaga.
Ainda assim, pelo menos para pessoas como Denis Fonseca, 27 anos, o
Orkut está longe de ser uma maravilha: “há muitos spams pelo site e
várias das vagas oferecem remuneração muito abaixo do mercado”, afirma o
publicitário, que prefere pesquisar por vagas em sites e até mesmo blogs
específicos.
A vida além do Orkut
Ainda pouco populares no país, o Plaxo e o Linkedin são redes sociais em
que é possível cadastrar seu currículo e manter-se em contato com outras
pessoas e colegas de trabalho
Afirmando ter mais de 20 milhões de usuários em todo mundo, o Plaxo,
disponível em português, surgiu como uma agenda de endereços online. Com
o tempo, ele se converteu em uma rede social em que é possível cadastrar
informações profissionais.
Você pode também criar listas com as últimas atualizações de seu blog,
Flickr, Digg ou vídeos do YouTube. As comunidades são personalizáveis e
aceitam vídeos, fotos e imagens.
Na mesma linha, mas apenas em inglês, o Linkedin é outra rede social
“profissional” que permite que internautas, mesmo aqueles que não têm
cadastro no site, consultem currículos.
Apesar de seus 35 milhões de usuários parecerem pouco, diante dos 175
milhões do Facebook, o Linkedin diz ter pedigree: metade de seus
cadastros são de membros que estão fora dos EUA e que executivos de
todas as 500 maiores empresas listadas pela revista Fortune têm perfis
no site.
Possui recurso de recomendação e sistema que permite delimitar o perfil
profissional desejado.
Uma semelhança entre o Plaxo e o Linkedin é a possibilidade de procurar
por outras pessoas que trabalharam ou estudaram nos mesmos locais e na
mesma época que o usuário, o que facilita a tarefa de procurar por
colegas ou ex-colegas.
Usuário do Linkedin há dois anos, o tradutor Werner Plaas afirma nunca
ter tido algum contato profissional feito a partir do site, e atribui
isso à falta de costume das empresas locais em procurar por funcionários
em redes sociais: “tenho amigos que moram no exterior que já conseguiram
empregos a partir de contatos da web”, diz. “Acho que o hábito não
‘pegou’ por aqui”, reflete.
Para quem não conhece, o Twitter é um serviço em que usuários podem
postar mensagens de até 140 caracteres. Por ser rápida e simples de
usar, a ferramenta vem fazendo muito sucesso entre usuários comuns e vem
sendo rapidamente adotada por diversas empresas para se comunicar com
seus clientes e com possíveis candidatos.
A disponibilidade de trabalho na rede não é rara e existem até mesmo
perfis criados unicamente com a intenção de se anunciar empregos, como o
Vagas na Web, destinado especificadamente para webdesigners e
desenvolvedores.
Qualquer um pode fazer uma busca, é só acessar a página de busca do
Twitter e, então, procurar por tags como #vagas, #emprego, #oportunidade
etc. sempre colocando o #antes da palavra buscada.
Iniciante no serviço, a especialista em marketing Raquel Marques
publicou uma vaga para assistente administrativo no Twitter no dia 6 de
março, e dois dias depois ainda não havia tido nenhuma resposta.
Ou seja, mesmo em tempos de crise, oportunidades surgem por toda a rede.
O importante é saber onde procurar.
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