Arcebispo não teve pena da criança que interrompeu gravidez
9 de março de 2009 | Autor: antonini
Esse arcebisto burro e assassino, pois dá
legalidade e apoio a um crime cometido contra esta menina, devia ser
processado nos termos do Estatuto da Criança e da Adolescência por
maltratar criança e ainda, por incitar o crime, pois parece que ele
apóia o ato do padrasto, ao excomungar todos os que apoiaram o aborto
praticado, preventivamente, pelo médico, objetivando salvar a menina da
morte, pois uma gravidez gemelar aos nove anos de idade é uma sentença
de morte.“Tenho pena do nosso arcebispo, que não conseguiu ser
misericordioso com o sofrimento de uma criança inocente, desnutrida,
franzina, em risco de vida, que sofre violência desde os seus seis
anos”, afirmou o médico Rivaldo Mendes de Albuquerque sobre o arcebispo
de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou os
envolvidos no aborto, informa Laura Capriglione, em reportagem publicada
na Folha nesta sexta-feira.
Segundo a reportagem, Albuquerque é professor de ciências médicas da
Universidade Estadual de Pernambuco, católico praticante e foi um dos
profissionais que interromperam a gestação da menina de 9 anos.
“Não foi Deus que proibiu a interrupção da gestação em qualquer caso.
Foram os homens da Igreja. E eles erram –já queimaram gente viva em
praça pública, não se esqueça”, disse o médico.
Críticas
Os ministro José Gomes Temporão (Saúde) e Carlos Minc (Meio Ambiente)
criticaram nesta nesta quinta-feira (5) a excomunhão realizada pelo
arcebispo.
“Eu acho que a posição da Igreja é extrema, radical, inadequada, me
parece um contrassenso diante do que aconteceu”, disse Temporão ao
participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa “Bom
Dia, Ministro” nesta quinta.
Minc também fez críticas. “Como cidadão, fiquei muito revoltado com a
atitude da igreja. A igreja que deveria em tese ajudar as pessoas ainda
cria essa situação. Você acaba criminalizando a vida”, disse Minc.
Caso
O crime veio à tona no último dia 25, após um exame médico a que a
garota foi submetida no município de Pesqueira. Ela foi atendida após
relatar queixas de tonturas e enjoos.
O padrasto da garota, um rapaz de 23 anos, foi preso na última quinta,
no município de Alagoinha, suspeito do estupro. O suspeito mantinha
relações sexuais com a garota há cerca de três anos.
O rapaz confessou o crime e, em depoimento, admitiu também ter estuprado
sua outra enteada, de 14 anos de idade, portadora de deficiências física
e mental, afirma a polícia. A Polícia Civil não revelou o nome do
suspeito para que a identidade da criança seja preservada.
Ouvido pela polícia, o padrasto confirmou que começou a assediar as duas
meninas desde que passou a morar com a família, há três anos. Segundo
ele, as enteadas o provocavam.
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