Ao lado de todo grande homem tem sempre
um grande traidor. Se você não acredita nisso,este ranking lhe dá dez
bons motivos para desconfiar dos amigos, caso, claro, você tenha planos
de gravar seu nome nos livros de história- Para você qual é o maior
traidor da história?
10 WANG JINGWEI
CHINA
GUERRA SINO-JAPONESA, DÉCADA DE 1930
Depois de participar do Kuomintang, movimento que lutava para unificar o
país, Jingwei se revoltou e mudou para o lado inimigo justo quando a
guerra da China contra o Japão pegava fogo, literalmente. Ele não apenas
fez vista grossa para os avanços japoneses como conquistou a província
de Nanquim para os novos amigos.
Ao trocar a China pelo Japão, Wang Jingwei deixou de lado sua ideologia
comunista para defender um país que fazia parte do grupo do Eixo, aquele
mesmo que era comandado pela Alemanha nazista na Segunda Guerra.
9 ALDRICH AMES
EUA
DÉCADAS DE 1980 E 1990
Espião da mais famosa agência de inteligência americana, a CIA, Aldrich
Ames se vendeu para a KGB, o serviço secreto da Rússia, durante a Guerra
Fria. Por alguns milhões de dólares, o traíra vendia para os russos o
nome daqueles que trabalhavam para os EUA. Descoberto depois de quase 15
anos de serviços prestados aos inimigos, ele foi condenado à prisão
perpétua.
A Rússia contratou um traidor para ser seu dedo-duro infiltrado na CIA,
mas não perdoava traições. Pessoas delatadas por Ames não tinham perdão:
muitas foram executadas antes mesmo de poderem se defender.
8 TOMMASO BUSCETTA
ITÁLIA
DÉCADA DE 1980
Foi um dos membros mais importantes da Cosa Nostra, a máfia italiana. E
adivinhem onde ele enriqueceu? No Brasil, traficando drogas. Preso pela
Polícia Federal em 1984 e deportado para a Itália, ele fez pinta de
arrependido e entregou todo o esquema da máfia. Por colaborar com a
polícia, Buscetta ganhou proteção especial e um salário para o resto de
sua vida, que terminou em 2000, quando morreu de câncer.
O italiano foi o primeiro traidor da máfia a ficar conhecido por quebrar
o juramento de silêncio da organização. Ele se safou, mas a Cosa Nostra
‘apagou’ mais de dez pessoas de sua família
7 DOMINGOS FERNANDES CALABAR
BRASIL
BRASIL COLÔNIA, SÉCULO 17
O único representante brasileiro da lista é considerado por muitos um
dos primeiros traidores da história do país. Calabar era um senhor de
engenho na capitania de Pernambuco e se aliou aos holandeses quando eles
invadiram as terras brasileiras – na época, sob o domínio de Portugal.
Como conhecia o território pernambucano como a palma de sua mão, ajudou
em praticamente todas as conquistas da Holanda por estas bandas.
Alguns historiadores questionam a fama de traidor de Calabar e alegam
que ele lutou ao lado dos holandeses porque acreditava que, sem o
domínio de Portugal, a pátria seria livre.
6 AUGUSTO PINOCHET
CHILE
DÉCADA DE 1970
No dia 25 de agosto de 1973, o presidente do Chile, Salvador Allende,
escolheu um dos militares que considerava mais leais para assumir a
chefia do Exército. Três semanas depois, Pinochet liderava um golpe
militar para derrubá-lo e implantar uma ditadura que duraria 17 anos.
Pinochet até ofereceu um avião para o presidente fugir, mas uma
transmissão de rádio revelou que sua intenção era jogar Allende da
aeronave em pleno vôo.
Allende confiava tanto em Pinochet que, na manhã do dia do golpe, teria
dito: ‘Chamem Augusto, ele é um dos nossos’.
5 SILVÉRIO DOS REIS
PORTUGAL
BRASIL COLÔNIA, SÉCULO 18
Apesar de ser português, ele se tornou um dos traidores mais famosos do
Brasil antes mesmo de o país se libertar de Portugal. Isso porque passou
por cima logo do primeiro movimento de independência, a famosa
Inconfidência Mineira. Para escapar das suas dívidas com a Coroa, ele
entregou seu amigo Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. A
conclusão todo mundo já sabe: o líder dos inconfidentes acabou enforcado
e esquartejado.
Além de ter suas dívidas perdoadas, o delator de Tiradentes ganhou uma
pensão vitalícia do governo português e foi até mesmo recebido por dom
João.
4 HEINRICH HIMMLER
ALEMANHA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945)
Abandonar os companheiros de luta e passar para o outro lado é
considerado traição, independentemente do lado em que está lutando. Por
isso, Himmler, o chefe da polícia nazista, está aqui. Afinal, quando ele
percebeu que as chances de vencer a guerra eram praticamente nulas, não
titubeou em abandonar Hitler e negociar uma rendição da Alemanha com os
EUA e a Grã-Bretanha.
Himmler tentou entregar a Alemanha para os Aliados em troca de sua
liberdade. Mas não deu certo: ele foi considerado criminoso de guerra,
foi preso e se suicidou.
3 MARCUS JUNIUS BRUTUS
ROMA
44 A.C.
Brutus certamente não foi o primeiro traidor da história, mas foi o
primeiro a se tornar famoso. Depois de lutar pelo Império Romano,
comandado pelo seu pai adotivo, Júlio César, ele se uniu a outro traíra,
o general Cássio Longinus, para tomar o poder. Não bastasse a traição, o
cara aceitou colocar em prática o plano de assassinar o ‘papito’. Ao ser
golpeado, César mandou a famosa frase: ‘Até tu, Brutus?’
Depois da traição, Brutus chegou a montar um exército para dominar o
Império Romano, mas foi derrotado por Marco Antônio. Aí a consciência
pesou e ele se suicidou.
2 TALLEYRAND-PÉRIGORD
FRANÇA
REVOLUÇÃO FRANCESA, SÉCULO 18
Para o ministro das relações exteriores de Napoleão Bonaparte, ‘traição
é uma questão de datas’. Talvez por isso, Talleyrand não só tenha
abandonado o imperador mas também mudado radicalmente de lado. Numa
época em que a França espalhava pela Europa os princípios da revolução,
ele organizou a deposição de Napoleão e a volta dos Bourbons para
restaurar a monarquia.
Depois da crocodilagem, Talleyrand trabalhou como embaixador de Luís
XVIII, que sucedeu Napoleão, e representou a França no Congresso de
Viena.
1. JUDAS ISCARIOTE
GALILÉIA
33 ANOS APÓS O NASCIMENTO DE CRISTO
Ele não traiu ‘simplesmente’ uma pátria, um partido ou uma ideologia. O
mais famoso traidor da história é até hoje lembrado como o sujeito que
deu uma rasteira no filho único do Todo-Poderoso. E pior: segundo a
Bíblia, Judas entregou Jesus Cristo aos soldados romanos em troca de
míseras 30 moedas de prata. Arrependido, o apóstolo tentou devolver o
dinheiro e voltar atrás, mas já era tarde. Cristo foi crucificado e
Judas, culpado, suicidou-se.
Em algumas cidades do mundo, inclusive aqui no Brasil, existe o costume
de ‘malhar’ o Judas no sábado de Aleluia (o que vem antes do domingo de
Páscoa).