29 de novembro de 2010 | Autor: antonini
Realmente é possível
prolongar a vida mexendo no material genético, mas a pergunta a ser
respondida é a seguinte: qual a utilidade e o custo disso?
Modificações na estrutura do material genético podem levar a
mutações imprevisíveis e ainda, do que adianta prolongar a vida das
pessoas aumentando-se o tempo de sofrimento, quando a manipulação
genética tiver por objetivo retardar a morte por doenças graves? São
questões éticas difíceis e que necessitam de um estudo profundo e
despido de paixões.
DNANem toda descoberta científica é benéfica à espécie humana e
muitas delas, tidas como revolucionárias, não trazem benefício
prático algum, como por exemplo o projeto genoma humano, a revolução
que não deu em nada, até agora (leia matéria aqui)
Uma técnica para manter saudável a estrutura dos cromossos pode
reverter o envelhecimento dos tecidos.
Mariela Jaskelioff e colegas do Instituto de Câncer Dana Farber
Cancer, em Massachusetts (EUA), conduziram um experimento com
camundongos programados com telômeros curtos e telomerase inativa
para ver as consequências dessa combinação.
O resultado é que os animais tiveram um período de vida curto,
órgãos atrofiados e cérebros menores que aqueles que não haviam sido
programados.
Os telômeros, que ficam nas extremidades dos cromossomos, diminuem a
cada divisão celular, mas as células param de se dividir e morrem
quando eles ficam abaixo de um certo comprimento.
Cabe à enzima telomerase retardar essa degradação adicionando um
novo DNA na ponta dos telômeros.
Quatro semanas depois de os cientistas tornarem a telomerase dos
camundongos ativa, eles detectaram que o tecido se regenerou em
diversos órgãos, nova células cerebrais se desenvolveram e a vida
dos camundongos foi prolongada.
A pesquisa, em fase experimental com animais, é mais uma evidência
das relações entre o comprimento dos cromossos e as doenças
relacionadas à idade, que pode levar à aplicação em seres humanos no
futuro.
Da “New Scientist“