Conheça 4 formas de testar o Linux sem risco de danificar o
Windows
22 de setembro de 2010 | Autor: antonini
Quer experimentar o Linux mas tem medo de estragar seu PC com
Windows? Tecnologias como LiveCD e virtualização podem ajudá-lo na
tarefa.
PC World/EUA
20-09-2010
Katherine Noyes
Que o Linux para desktops oferece um sedutor leque de vantagens para
os usuários corporativos já não é novidade para ninguém. Tudo que
resta à maioria dos usuários do Windows é dar uma chance a esta
alternativa.
Tal passo, contudo, pode causar alguma ansiedade. Embora não seja um
bicho de sete cabeças, a instalação do Linux pode significar uma
tarefa muito grande para algumas pessoas; outros podem se aborrecer
com o efeito que isso teria sobre seus arquivos e programas
atualmente em uso.
A boa notícia é que existem várias formas para realizar um
test-drive no Linux sem instalá-lo de verdade. Tudo que estiver
gravado no seu computador permanecerá inalterado, e se você decidir
que o Linux não serve para você, nenhum estrago terá sido feito.
Pronto para conhecer o Linux em seu desktop? Então escolha a
abordagem que mais lhe agradar e vá em frente.
1 – LiveCD
Provavelmente o modo mais comum de experimentar o Linux seja o
LiveCD. Esses CDs permitem que você rode o Linux diretamente a
partir do CD – assim, nada será alterado em seu computador. A
maioria das grandes distribuições do Linux tem agora LiveCDs
disponíveis – às vezes pelo correio, caso não se importe com a
espera, e via download, em todos os casos.
Se você tem uma conexão lenta à Internet, poderá encomendar um
LiveCD via correio normal. Um lugar onde se pode encontrar muitos
LiveCDs de Linux para venda é o OSDisc.com, que atualmente oferece
discos para Ubuntu 10.04.1, Fedora 13, OpenSUSE 11.3, Knoppix 6.2.1
e Linux Mint 9. O preço fica em cerca de 2 dólares (nos EUA).
Uma rota mais fácil, contudo, é baixar a imagem do CD, ou arquivo
.iso, do site do projeto; queimá-lo em um CD você mesmo; e então
usar este disco para carregar o sistema. Há uma lista de diversos
locais na web para baixar o LiveCD disponível no FrozenTech; lá você
também vai encontrar avaliações, requisitos técnicos e links para o
download.
Uma vez que você obtenha o arquivo .iso, simplesmente queime o CD
usando um programa de gravação de CDs. Se não tiver um, o Active ISO
2.0 é uma boa opção gratuita, e também há o PowerISO 4.5, que custa
29,95 dólares. Finalmente, insira o LiveCD resultante em seu
computador e dê Restart. Quando o micro voltar a ligar, ele deverá
carregar o Linux.
Tenha em mente que a maioria dos LiveCDs do Linux faz o sistema ser
mais lento do que ele realmente é, já que o CD deverá ser acessado
para ele funcionar. As versões de Linux instaladas no disco rígido
são muito mais rápidas. Em qualquer caso, depois que tiver explorado
suficientemente o Linux, basta que você o retire do CD e dê Restart
no micro. Seu Windows voltará a funcionar como de costume.
2 – Live USB
Muito parecido com o LiveCD, um Live USB é uma memória flash USB (ou
pen drive, como é mais conhecida) que contém uma cópia completa e
usável do Linux.
O LinuxCD.org oferece algumas distribuições para venda em USB, bem
como em CD. Como alternativa, com o LiveCD você pode baixar o
arquivo .iso e colocá-lo em um drive USB você mesmo, carregando o
sistema tal como descrito na opção anterior.
A grande vantagem de carregar o sistema a partir de um Live USB é
que o Linux pode funcionar quase tão rapidamente como se estivesse
totalmente instalado no PC.
3 – Wubi
Outro modo de testar o Linux é rodá-lo como se fosse outra aplicação
Windows qualquer. Um jeito de fazer isso é com o Wubi, que é
basicamente uma versão especial do Ubuntu que deixa o Windows
inteiramente intacto.
Para usar o Wubi, você precisa de cerca de 5 gigabytes em seu disco
rígido. Simplesmente clique no link de download no site do projeto
para obter o instalador. Com dois cliques no arquivo baixado, o
software irá baixar e instalar o resto do Ubuntu sem tocar no
Windows.
O Wubi não exige qualquer modificação nas partições do PC, nem usa
um diferente bootloader; ele também não instala qualquer drive
especial. Em vez disso, ele funciona como qualquer outra aplicação e
mantém a maioria dos arquivos do Linux em uma única pasta. Se
decidir que não o quer mais, poderá simplesmente desinstalá-lo, com
qualquer outra aplicação.
Vale lembrar que, se você já tiver um Ubuntu LiveCD, o Wubi já
deverá estar incluído neste CD se for uma versão relativamente
recente.
4 – Virtualização
Embora mais pesada do que quaisquer das opções acima, a
virtualização pode ser outro belo modo de testar o Linux – de novo,
executando-o como se fosse uma aplicação Windows.
Para explorar esta opção, você vai precisar de um software de
virtualização de desktop; o VMware é provavelmente a versão
comercial mais utilizada, ao passo que um bom pacote freeware é o
VirtualBox.
Para começar, você primeiro baixa o software de virtualização – o
VirtualBox, por exemplo, vem em versões para múltiplas plataformas –
e então a instala como qualquer outra aplicação Windows. De lá, você
poderá usar o software para instalar o Linux como um sistema
operacional “convidado” usando o assistente do VirtualBox com um
arquivo de imagem .iso.
O resultado, mais uma vez, é que você poderá rodar o Linux sobre o
Windows sem afetar sua instalação Windows atual.
Claro que outra opção relativamente onerosa é instalar o Linux em um
velho computador que você possa ter sobrando em casa. Uma das
maiores virtudes deste sistema operacional é que – ao contrário do
Windows – ele não precisa de hardware grandioso nem de última
geração. Assim, você poderá mexer à vontade com máquinas velhas,
para sua completa diversão.
Seja qual for sua escolha, meu palpite é que você ficará tão
impressionado com o Linux que irá querer instalá-lo de fato. Agora,
mais do que nunca, o Linux é uma boa escolha para uso empresarial.