Diversas matérias tem divulgado que “o Google jogou a toalha” e irá permitir dual-boot (dois sistemas operacionais em um equipamento) do ChromeOS com o Window$ 10, mas isso não faz sentido algum, pois quem compra um Chromebook quer, justamente, fugir do M$-rWindows que hoje se tornou um mamute, o elefante pré-histórico, pesado e atrasado em recursos que, para piorar a situação, espiona os usuários descaradamente.
Justiça seja feita. A Micro$oft teve um papel fundamental na popularização da microinformática e do microcomputador de uso pessoal.
Diferente da Apple com seus iMacs e iPorcarias, a Microsoft só desenvolvia um sistema e o vendia, a preços razoáveis, na época, aos “integradores” (gente que montava micros com peças de diversas procedências e marcas) e aos fabricantes, diminuindo muito o custo, enquanto a Apple vendia seu sistema instalado em equipamentos fabricados apenas por ela mesma, a custos exorbitantes, mas ela parou no tempo. O Windows 10 é muito caro para o que entrega. Uma licença digital sem a mídia (tem que baixar via download dos servidores da Micro$oft) custa, na sua versão Windows 10 Home, R$499,00.
Desde o Windows XP, que era uma junção do núcleo seguro do Windows 2000 com os recursos de multimídia e de interface do tão odiado e criticado, mas inovador, Windows ME – Milennium Edition, a Micro$oft não inovou em mais nada. Todos as versões lançadas desde o Windows XP são meras perfumarias dele, sendo o último lançamento, o Windows 10, o mais pesado, feio e vulnerável de todos, consolidando o Windows como a maior plataforma de vírus e espionagem da microinformática.
Comecei na microinformática com o MS-DOS 6.22, quando o sistema era operado apenas em linha de comando e o Windows, que naquela época estava na versão 3.11, era apenas um ambiente gráfico, não era sistema operacional e para entrar no gerenciador de janelas Windows, tinha que digitar, na linha de comando do MS-DOS, a palavra “win“. Todas as tarefas administrativas e de mantenção do sistema como por exemplo: desfragmentação (defrag), varredura de erros do sistema (scandisk), formatação de disquetes (format a:\) e demais, eram feitas na linha de comando, que os devotos cegos do Windows tanto criticam no Linux que nem é um sistema.
O Linux é apenas um núcleo e sobre o qual os desenvolvedores penduram pacotes (programas) e gerenciadores de janela (interfaces gráficas) e criam sistemas operacionais chamados de distribuições como o Debian, Slackware, RedHat, Gentoo, Arch e seus derivados. O Chrome OS é um “fork” (derivado) do Gentoo. O Android é um gerenciador de janelas desenvolvido por Andy Rubin, usando como núcleo o Linux. O Ubunutu é derivado do Debian. O Fedora é derivado do RedHat.
Uma das grandes mentiras propagadas por aí é que o Linux tem X, Y ou Z porcento de participação no mercado de sistemas operacionais. Apenas os desenvolvedores trabalham diretamente no Linux. Usuários comuns sequer sabem onde ele fica instalado no seu equipamento, mas ele é o núcleo mais utilizado no planeta. Mais de três bilhões de humanos utilizam algum equipamento que tem um sistema operacional – ou distribuição – baseado no núcleo Linux, esta é a verdade. O núcleo Linux fica instalado em uma pasta chamada boot na raíz (/) do sistema operacional e tem o nome vmlinuz-4.15.0-32-generic (os números na frente – 4.15.0-32-generic – mostram a versão e a compilação do núcleo, nesta máquina que estou utilizando, um Laptop Lenovo G40-80 com Linux Mint 19).
Tenho um Samsung Chromebook 3 e se o Google realmente cometer a loucura que estão divulgando por aí, jogarei ele no lixo, pois não fará mais sentido ter um equipamento comprado para fugir do M$-rWindows e ser obrigado a conviver com ele, ou seja, ter que sustentar o inimigo dentro de sua casa.
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