Uma lição de amor e compaixão
11 de agosto de 2010 | Autor: antonini
Uma linda história, que dizem ser verídica, recebida de Ana
Paula Santos
por Josué Gonçalves
Antes, quero agradecer ao Antonio Janderley por ter me enviado um
e-mail com esta história que me despertou o coração logo pela manhã,
após um momento de oração e leitura da Palavra. É impossível ler uma
história como essa e não refletir sobre o nosso próximo. Eu
considero esta história do Agenor e do Amaro como uma parábola do
“Bom Samaritano” dos nossos dias. Boa leitura!
Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
– Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito
cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o
filho e pede mais um pouco de paciência…
– Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome,
pai!!!
Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede
para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua
frente…
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
– Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com
muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um
emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me
forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca
posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos,
ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e
sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame
o filho…
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que
imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda
servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) – arroz,
feijão, bife e ovo…
Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua…
Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa
fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa
apenas com um punhado de fubá…
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada…
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se
fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em
casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de
desemprego, humilhações e necessidades…
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para
relaxar:
– Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim… Olha o meu amigo está
até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão
apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer…
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz
e depois conversariam sobre trabalho…
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que
sua fome já estava nas costas…
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da
padaria, onde havia um pequeno escritório…
Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e
desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele
estava vivendo de pequenos ‘biscates aqui e acolá’, mas que há 2
meses não recebia nada…
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na
padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com
alimentos para pelo menos 15 dias…
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e
marca para o dia seguinte seu início no trabalho…
Ao chegar em casa com toda aquela ‘fartura’, Agenor é um novo homem
sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso…
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma
esperança de dias melhores…
No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria
ansioso para iniciar seu novo trabalho…
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele
sabia porque estava ajudando…
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo
dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa…
E, ele não se enganou – durante um ano, Agenor foi o mais dedicado
trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente
zeloso com seus deveres…
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que
abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da
padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar…
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas
primeiras letras e a emoção da primeira carta…
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula…
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado,
abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois
mais outro…
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que
fica impressionado em ver o ‘antigo funcionário’ tão elegante em seu
primeiro terno…
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma
clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os
mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição
que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas
desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida
diariamente na hora do almoço…
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é
administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista…
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e
Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de
cada um…
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a
mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido…
Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da ‘Casa do Caminho’,
que seu pai fundou com tanto carinho:
‘Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem
esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você
me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e
alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para
estender a quem precisar!!!’
(História verídica)
Na atualidade de um mundo pós-moderno, onde ninguém confia em
ninguém ou cada um por si e Deus por todos é o império do medo e da
desconfiança.
Quem é meu próximo? Talvez essa seja a nossa maior questão. Seu
próximo é todo aquele que te pede ajuda! Seu próximo é aquele que
precisa de você!
Infelizmente com a desculpa da violência nos colocamos a margem de
tudo e de todos.
Amor na prática é o que nós como Igreja e igreja precisamos para o
avivamento que tanto buscamos e almejamos!
Deus tenha misericórdia de nós!
O que você fez nestes últimos dias por aqueles que Deus permitiu que
chegassem até você com uma necessidade?
que lindo , me arrepiei toda!