19 de julho de 2010 | Autor: antonini
Há mais de dez anos já se conhece o efeito do ftalato de dimetila,
usado para dar flexibilidade e transparência ao PVC, sobre o
aparelho endócrino humano e só agora o MPF resolve investigar e,
quem sabe, proibir o uso das garrafas chamadas pet. Isso é Brasil.
Se fosse em outro país mais sério, já teria dado de indenização à
cadeia para os fabricantes.
O Ministério
Público Federal vai instaurar um inquérito para apurar os riscos da
substância bisfenol A (BPA) à saúde, suspeita de causar doenças e
proibida em outros países. Ela é utilizada na produção de garrafas
plásticas, mamadeiras e outros produtos de plástico.
O inquérito foi instaurado pela Procuradoria Regional dos Direitos
do Cidadão para apurar os eventuais efeitos nocivos à vida e à saúde
das pessoas gerados pelo BPA, além da forma de regulamentação de seu
uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo
informações do ministério.
O procurador Jefferson Aparecido Dias determinou que sejam
solicitadas à Anvisa informações sobre a regulamentação da
utilização do BPA, além de eventuais estudos existentes sobres seus
aspectos nocivos.
O MPF informou que a preocupação sobre os riscos se sustenta em
recentes pesquisas divulgadas por uma universidade norte-americana.
Para cientistas, o BPA seria causador de algumas
doenças, como câncer de mama, distúrbios cardíacos, obesidade e
hiperatividade. Grávidas e crianças pequenas merecem atenção
especial.
A substância pode prejudicar as funções endócrinas e alterar o
funcionamento do hormônio feminino estrogênio.
O BPA já foi proibido em outros países, como Canadá, Dinamarca e
Costa Rica, e em alguns Estados norte-americanos.
No Brasil, o BPA é utilizado na produção de garrafas plásticas,
mamadeiras e copos para bebês, entre outros produtos de plástico.
Colaboração para a FOLHA