O que você faria pelo seu país?
26 de junho de 2010 | Autor: antonini
“Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que
você pode fazer por seu país.” (John F. Kennedy)
Pois é, a pergunta é sempre pertinente. Mas com ela, surge outra,
que certamente qualquer brasileiro, acuado pelas circunstâncias,
faria quando igualmente acuado pela pergunta titulo desta Carta: “o
que posso eu fazer, se nem meu voto consciente vale diante das
massas de manobra”? E, pior, não deixa de ter razão.
Até que se conheça uma alternativa que quebre o paradigma da
política vigente, do jeito que a conhecemos – e a rejeitamos – não
tem muita saída mesmo. É só ver o que temos em termos eleitorais
para mais esta eleição presidencial, à exceção de raros candidatos
com bons discursos, infelizmente sem perspectivas de chance diante
da máquina trituradora do bom senso, que criou um falso debate entre
“nós e eles”, já que na minha modesta opinião, é só um jogo de cena,
fruto de um acordo costurado entre os principais líderes políticos
da atualidade desde os tempos de comícios sobre kombis nos pátios
das montadoras do ABC paulista. Basta observar um pouco mais o
conjunto dos fatos ao longo dos últimos 30 anos e poderemos ter
algumas conclusões interessantes. Foi o erro de se fazer abertura
política antes da econômica.
Independente disso, verdade ou não, o fato é que continuamos reféns,
depois de inúmeras decepções ao longo de 30 anos com quase todos os
candidatos em todos os níveis eletivos, das câmaras de vereadores à
Presidência da República. Reféns destas pessoas que elegemos com o
“democrático voto obrigatório”, uma forma de legitimar pessoas em
cargos, cujas obrigações são para com os financiadores de campanhas
e grupos de interesse, e, principalmente, reféns de um modelo de
organização do País que permite que estes fatos se repitam ad
aeternun e ad nauseam.
Diante desse modelo, com todos os setores estatais interdependentes
por legislação e entrelaçamento dos Três Poderes – Executivo,
Judiciário e Legislativo – que se retro-alimenta a cada nova lei ou
emenda constitucional (já estamos na 62º desde 1988!) – temos que
sobreviver sob o mastodôntico peso do Estado Brasileiro. Este
peso está representado por altíssimos tributos penalizando a cadeia
produtiva, o consumo e empobrecendo a Nação, baixa qualidade na
Saúde, Educação, Infra-estrutura e Segurança e baixa qualidade na
Justiça, com todas as conseqüências encadeadas, denegrindo a vida, o
respeito e a dignidade humana em todos os sentidos. É um modelo que
retira as liberdades passo a passo, que elimina a criatividade
produtiva, que esgarça o tecido social pela libertinagem moral que
tomou conta da Sociedade, com pleno apoio governamental. Apesar da
propaganda de crescimento, que por certo existe em setores
específicos e satélites destes – a economia é dinâmica, graças à
ainda indomável ação humana – o Brasil vive situações absolutamente
paradoxais que não poderiam suscitar a concessão de títulos de fama
internacional a nenhum governante brasileiro… ao que parece, a
mediocridade é algo sem fronteiras. Mas infelizmente, o jogo é
outro, muito ruim para o Brasil como Nação, e muito bom para a
rapinagem de oportunistas de toda sorte (ou azar), e não vale a pena
abrir esta “janela temática”, neste artigo.
Para selar esse quadro, o modelo político, partidário e eleitoral,
uma vergonha total, que se fantasia de democracia. Não há partido
que pratique a democracia sequer em nível interno, como poderia
defendê-la fora de seus feudos? Com voto cumulativo que privilegia
alguns filiados mais do que outros, caciquismo dominante e falta de
convicção programática, o que se prova com as sempre nefandas
coligações antes das eleições, não se pode contar com cidadãos de
boa cepa que queiram participar do processo político.
Se Tiradentes estivesse vivo e visse tudo isso, ele mesmo se
enforcaria! O cidadão brasileiro está enforcado, asfixiado pelo peso
do Estado, pelas iniqüidades que dele vêm sem nada poder fazer
exceto gritar pela internet ou em grupos de protesto, abaixo
assinados, etc.
”Os problemas do mundo não podem ser resolvidos por céticos ou
cínicos cujos horizontes são limitados por realidades óbvias.
Precisamos de homens e mulheres que consigam sonhar com coisas que
nunca existiram.” (John F. Kennedy)
Pois pego outra frase de John Kennedy, para demonstrar que o quadro
que resumi é um paradigma que pode ser quebrado. Mas não será por
céticos, nem cínicos. Mas por mulheres e homens, e muito
especialmente por aqueles que querem mudar o mundo desde cedo, os
jovens. São estas pessoas que poderão mudar as coisas, mas, precisam
de meios para tanto. Aqui entra o Federalismo.
Não adiantam projetos de ficha limpa ou suja, por melhor boa vontade
que exista, até porque isso dará mais poder a quem está no governo,
quem está na máquina. Ao invés disso, se deveria propor então, rito
sumaríssimo, com muita agilidade em julgamentos em grau especial, de
pessoas eleitas e acusadas por atos duvidosos. Esse sim, seria um
“foro privilegiado”, especial, esgotando-se rapidamente as etapas do
contraditório, direito constitucional de qualquer um, para se evitar
situações produzidas por desafetos e inimigos. Esta energia toda, de
revolta e indignação, pode ser dirigida para a formação de uma nova
frente político-partidária que proponha um novo Projeto de Nação e
que tenha toda a proteção estatutária para que o veículo partidário
não se subverta, não seja igual aos demais. Sem atacar a causa, que
é modelo de Estado – não se resolverão os graves problemas
nacionais, regionais e locais, principalmente os individuais da
maioria da população brasileira. Não basta cortar alguns galhos da
erva daninha, é preciso extirpá-la do “Jardim Brasil”!
O Partido Federalista é este veículo. Tem o Projeto, está formado,
falta apenas ser registrado, o que pode ser conseguido com a ação de
cada brasileiro que resolva simplesmente agir. E é tão simples:
assinar o apoio ao registro e conseguir mais apoios. Se você ainda
não conhece direito as idéias federalistas que propomos, nem o
inovador Estatuto, por favor, leia-os. E venha fazer parte deste
inovador partido e fazer a nova Historia do Brasil. Podemos ficar
simplesmente observando e votando sem nem nos lembrar depois em quem
votamos, e seguir a “vidinha” com a “ajuda de Deus” (“que só ajuda a
quem cedo madruga”), ou começar a mudar tudo, a partir de simples
ações tão reclamadas por todos: ser cidadão de verdade. Aqui você
pode!
Saudações Federalistas
Thomas Korontai