Quarenta e quatro porcento das crianças têm colesterol elevado
27 de fevereiro de 2013 | Autor:
antonini
Sabem o que acontece se o colesterol
for eliminado do organismo humano? Puberdade tardia, distúrbios
homeostásicos, inflamações repetidas, problemas ósseos por falta de
vitamina D e o mais grave: hemólise vascular intensa e MORTE!
Quem defende a extinção do colesterol do corpo humano é um idiota,
agindo ou sob a batuta da indústria de alimentos, ou sob a tutela da
indústria farmacêutica, ou ainda, não sabe nada de bioquímica.É
mister acabar com essa forma de bioterrorismo comercial e deixar as
pessoas viverem em paz, pois notícias idiotas como esta, causam
preocupação desnecessária e instalação de problemas psicossomáticos
(doença real provocada pelo psiquismo).
Leia abaixo a transcrição integral da asneira:
.
JULLIANE SILVEIRA
da Folha de S.Paulo
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
Uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) com
1.937 crianças e adolescentes entre dois e 19 anos atendidos no
Hospital das Clínicas da universidade constatou que quase metade
deles possui índices altos de colesterol e triglicérides.
Segundo o estudo, realizado entre 2000 e 2007, 44% dos pesquisados
apresentaram índices elevados de colesterol.
“Eu exagerava nos alimentos ricos em gordura quando tinha 11 anos
e meu colesterol estava em 269 mg/dL. Então iniciei o tratamento
com dieta e esportes. Hoje meu colesterol é 160 mg/dL”, diz a
estudante Jéssica Rossi Ruggeri, 17, que ainda precisa diminuir
seu índice.
A pesquisadora responsável, Eliana Cotta de Faria, do Departamento
de Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp,
atribui os altos índices a fatores de risco como sedentarismo, má
alimentação, obesidade e diabetes, além da hereditariedade.
De acordo com a pesquisa, 44% das crianças entre dois e nove anos
apresentaram valores alterados do colesterol total, 36%, do LDL
(colesterol ruim) e 56%, dos triglicérides. Os altos índices de
triglicérides estão associados a um risco maior de doença
coronariana.
O resultado foi muito similar no grupo dos adolescentes e jovens
de dez a 19 anos. “Não é de se estranhar que a população
hospitalar tivesse índices um pouco mais altos. Mas não
imaginávamos que estes índices seriam tão altos”, diz Faria.
Não há dados brasileiros sobre a taxa de colesterol entre crianças
e adolescentes, e, segundo Ieda Jatene, presidente do departamento
de cardiologia pediátrica da SBC (Sociedade Brasileira de
Cardiologia) não é possível extrapolar os números encontrados na
Unicamp para o resto do país.
Gordura trans
Para Roseli Sarni, pediatra e presidente do Departamento de
Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, uma das
explicações para os níveis elevados de colesterol, além de maus
hábitos alimentares em geral, é o mau entendimento dos rótulos de
produtos com gordura trans. “Quando a mãe lê zero, ela entende que
o alimento é livre desse tipo de gordura, o que não é verdade”,
diz. A legislação admite que o fabricante diga que seu produto tem
“0% de gordura trans” quando tem até 0,2 g do elemento por porção.
Com isso, a criança é liberada a consumir alimentos com esse tipo
de gordura.
A prevenção, segundo Eliana Faria, começa com o estilo de vida da
família, que é transposto para a realidade da criança. “Uma
criança não pode decidir comer mais legumes se os pais não compram
legumes”, diz.
Para diminuir os níveis de colesterol no sangue, devem ser
priorizados dieta balanceada e exercícios físicos. É preciso
estimular o consumo de frutas, verduras, legumes e peixes
marinhos, reduzir o consumo de óleos, açúcares e gorduras e
preferir alimentos integrais.
As mudanças, no entanto, não devem ser drásticas, pois a criança
pode ficar ainda mais resistente em mudar sua alimentação.
“Começamos com uma mudança quantitativa, para depois fazer a
qualitativa”, diz Sarni. Isto é: o recomendado é reduzir alimentos
que aumentam o colesterol ruim, para, gradativamente,
substituí-los por opções mais saudáveis.
Medicamentos
Em julho, a Academia Americana de Pediatria tomou uma decisão
radical em relação às crianças com colesterol alto: orientou que
os pequenos acima de oito anos sejam medicados com drogas
(estatinas) para prevenir doenças cardíacas.
No Brasil, os pediatras indicam medicamentos a partir dos dez
anos, mas apenas para crianças com uma doença genética chamada
hipercolesterolemia familiar, que eleva os níveis de colesterol,
independentemente do estilo de vida. Para as demais, eles defendem
uma dieta equilibrada associada a exercícios físicos.
A cautela tem justificativa. Não há estudos a longo prazo sobre o
uso das estatinas em crianças ou que mostrem que, usando a
medicação precocemente, elas estarão mais protegidas do que
aquelas que iniciaram a terapia na vida adulta.
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