Se este estudo fosse tão verdadeiro
e preciso como atesta esta noticia publicada UOL, todas as mulheres
teriam câncer de mama. TODAS, sem exceção.
O colesterol é o substrato para produção dos hormônios sexuais além
de ser uma das moléculas mais importantes do organismo humano. Sem
ele os eritrócitos arrebentariam ao passarem por micro-capilares
mais finos que seus diâmetros. Sem o colesterol as articulações dos
ossos seriam eternamente inflamadas e doloridas. Sem esta singela
molécula o organismo não seria estável e viável. O mecanismo de
formação dos hormônios sexuais a partir do colesterol pode ser visto
aqui.
As estatinas atuam inibindo, reversivelmente, a enzima HMG-CoA
redutase, que catalisa a conversão do
hidroximetil-glutarato-coenzima-A em mevalonato (ou ácido
mevalônico) conforme a reação abaixo:
A inibição desta etapa da síntese reduz a concentração final do
colesterol no sangue, apenas isso. Não existe qualquer evidência,
sob o ponto de vista de mecanismo de ação farmacológica, de que as
estatinas possam previnir o câncer pela ação sob o mecanismo de
inibição enzimático da síntese do colesterol.
O câncer de mama no homem também
existe, mas é mais raro devido ao mecanismo hormonal envolvido.
O colesterol não é, nem de longe, o vilão que as indústrias e os
pseudo-cientistas pregam, pois se o fosse, a humanidade já estaria
extinta há milênios.
Muito cuidado com o este tipo de publicação. Em toda a comunicação
“dita” científica, pode se esconder mentiras que tem objetivo certo:
enganar os tolos e incentivar o consumo de qualquer coisa que, na
maioria das vezes não tem fundamento farmacológico algum.
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