Quando
registrei meu domínio em 1998 ainda não existia a
web
2.0. Estávamos na web 1.0 ou web primitiva na qual
não
existia interação entre pessoas e sistemas ou
páginas.
Era o tempo do HTML estático. Não existia, ainda,
linguagens dinâmicas como java, php, asp e o javascript
(não confunda com o java, que é uma linguagem
propriamente dita) ainda engatinhava.
O tempo passou e surgiram as linguagens dinâmicas, citadas no
parágrafo acima, e com elas, nasceram os CMSs (Contents
Manangers Systems - ou Sistemas de Gerenciamento de
Conteúdo)
baseados nestas linguagens dinâmicas.
O pioneiro dos CMSs foi o PHP-Nuke,
baseado na linguagem livre
PHP e que possibilitava a criação de
conteúdo
interativo como chats, enquetes, fóruns e outros recursos
que
permitiam às pessoas interagirem com a rede. Depois surgiram
o Jomla,
o Drupal,
e diversos outros, destinados ao mesmo fim do
PHP-Nuke.
Recentemente surgiram o Moodle,
destinado ao gerenciamento de
conteúdos educacionais e, por último, surgiram os
gerenciadores de blogs, como o Blogger
e o Wordpress.
Todos os gerenciadores citados são bons. Cada um tem seu
mérito, mas todos eles tem seus problemas e com a
eclosão
da Era Mobile,
à qual, devido aos dispositivos,
plataformas e paradigmas podemos chamar de Web 3.0, os gerenciadores de
conteúdo mostraram seu primeiro e maior inconveniente: o
peso
para abrir páginas. Por peso para abrir páginas
entenda-se a demora em entregar o conteúdo na tela do
dispositivo e o consumo de dados.
Nos planos de banda larga móveis (Internet móvel)
paga-se
por quilobaite (KB) baixado e os gerenciadores de conteúdo
consomem muitos KBs para mostrar uma página.
E por que isso acontece?
Os CMSs armazenam o
conteúdo de suas páginas em
tabelas de bancos de dados como o PostgreSQL (livre), o MS-SQL
(proprietário, da Micro$oft), o MySQL (licença
GPL, mas
propriedade da Oracle) e ao receber uma
solicitação, ou
seja, um clique em algum atalho (link), o gerenciador tem que percorrer
todas as tabelas do banco de dados, encontrar o conteúdo
solicitado, organizar, formatar e entregar à tela do
dispositivo
e isso demora, além de consumir banda. Com o aumento no
número de páginas publicadas, as tabelas de
conteúdos (posts) aumentam de tamanho, demandando mais
esforço do gerenciador na sua leitura e, consequentemente,
aumento no tempo e no consumo.
Qual a saída?
A melhor saída para
este problema é o retorno ao
velho e bom HTML estático, mas ele tem um problema
sério:
para criar páginas neste formato é
necessário ou
conhecer a linguagem HTML ou então utilizar um editor web.
Existem diversos editores web. O mais famoso (e caro) é o
DreamWeaver, sendo o mais completo em termos de recursos, mas seu
preço é proibitivo (US$1.500,00
dólares). É
possível fazer paginas HTML usando o MS-Word e
também o
OpenOffice ou ainda, o velho, livre e bom Nvu,
que é um
editor livre, desenvolvido originalmente para Linux, mas que tem
versão para o M$-Windows.
Então, o que
significa o "Voltando às origens"?
Após anos utilizando PHP-Nuke e Wordpress e ao deparar-me
com os
problemas que ambos tem com a navegação em
dispositivos
móveis, decidi retornar às minhas origens.
Pelos idos de 1998, até 2005, quando adotei o PHP-Nuke, eu
produzia meu conteúdo em HTML estático. Comecei
usando o
Word 97 do Office 97 Pro. Passei, depois para o Front Page 2000 e por
último utilizei os editores Coffie Cup e DreamWeaver CS3,
mas
agora retorno aos bons tempos utilizando o Nvu
no M$-Windows 7
e o Kompozer
no meu Debian Linux. Apesar de fazerem quase
tudo sozinhos, muita coisa precisa ser feita "no
braço",
especialmente o CSS, que ambos até fazem, mas que
não
são nada intuitivos, sendo mais fácil "fazer na
raça" ou "na unha", como dizem os programadores.
O resultado...
Bem... Em termos de resultados,
não fica nada bonito e
atraente como em um gerenciador de conteúdo, mas
é leve e
não consome dados dos planos de banda larga que, no Brasil,
são de péssima qualidade por serem muito lentos e
ainda,
serem muito caros e com franquias baixíssimas. Um plano de
dados
para tablets da TIM custa R$49,90 por mês para uma franquia
de
800MBs. Isso é "um suspiro de virgem", como dizia um
ex-professor da UFPR, nos meus bons tempos de faculdade, se comparados
com os planos europeus, norte-americanos e asiáticos que,
além de entregarem Gigabytes (GBs) de franquia,
já
estão na era do 4G (banda larga de quarta
geração).
Os leitores deste sítio que me perdoem, mas estou
sacrificando a
beleza em prol da economia.
Grato, seja bem vindo e boa leitura.